CAPÍTULO 15 - trechos

Nina, para entender por que o ser humano se tornou religioso, devemos voltar ao passado. Vou lhe contar como se deu isso. Não levará mais que duas horas, tempo suficiente para voltarmos e você tomar seu remédio. Não queremos que a enfermeira encontre sua cama vazia, não?
– Não mesmo – riu timidamente a freira.
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No momento em que um membro do grupo tribal garantiu saber quais eram os desejos da entidade, nasceu o primeiro sacerdote. A sofisticação da classe sacerdotal vai fazer que apareçam as religiões, os cultos às várias divindades. Os sacerdotes sempre tiveram posição de destaque nas sociedades em que viveram porque conseguiam dar respostas ao que era abstruso, oculto, e não podia ser conhecido pelo ser humano comum.
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A classe sacerdotal era muito poderosa, pois recebia do povo donativos e alimentos aos deuses. Evidentemente que as oferendas eram divididas entre os sacerdotes e o rei, mas o povo, claro, não sabia disso.
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Assim como já foi provado que o ser humano evoluiu com o tempo, o deus das religiões também sofreu transformações, de acordo com a época, a necessidade do povo, a região, cultura, pensamento e interesses das pessoas que o descobriam. Como numa evolução darwiniana do sagrado, o conceito sobre deus foi se modificando e se adaptando ao meio, e o primeiro homem que tentou intelectualizar a religião foi Akenaton, faraó egípcio, com o culto a um deus apenas. Isso ocorreu no século 14 a.C. No entanto, quem alcançou maior êxito com o monoteísmo foi outro profeta, que veio um século depois. Seu nome é Moisés, líder dos hebreus.
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Tanto quanto cristãos ou outros povos que amam a paz, nossos irmãos muçulmanos também louvam a harmonia entre as pessoas e respeitam o credo de cada um. Todavia, por causa da intolerância de grupos totalitários, mais atrelados aos trechos que encorajam a guerra e o martírio, a paz entre o mundo ocidental e islâmico tem sido por muitas vezes mera utopia, algo distante e quase impossível de se vislumbrar.