quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CAPÍTULO 5 - trecho

Sentada meio de lado, sobre o sofá, como uma gata felpuda que anseia pelo carinho do dono, Shanyla aguardava pelo início da obra. Os pelos clarinhos, que contrastavam com suas coxas morenas, chegavam a eriçar, tão excitada estava com a nova experiência. Sua mão direita apoiava a cabeça, enquanto a outra segurava uma rosa vermelha sobre as coxas, roliças e firmes como colunas de um templo grego. Estava à vontade e perguntou se a posição estava correta. O artista assentiu com a cabeça e começou os primeiros traços, marcando com lápis carvão o rosto, cabelos, braços, até sugerir os contornos de seus delicados pés e do pequeno sofá onde ela estava sentada, de pernas cruzadas. Os cabelos castanhos claros, ondulados e compridos, cobriam-lhe um dos seios, deixando o outro à mostra. As auréolas eram miúdas, de um tom marrom clarinho. Os biquinhos dos seios estavam empinados, e não fazia frio. Tal visão retesou os músculos do artista e instigou seus pensamentos. De ferro que não era, obviamente, o manejador de pincéis.

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